Quantcast
Channel: SER PONTE E TRAVESSIA...
Viewing all articles
Browse latest Browse all 28

Vibra, teu verbo no tempo?

$
0
0
Autoria: Seilla Carvalho
Da placenta emocional ele nasce 
Impactado pelo outro chora, celebra e sorrir

Na devolutiva do mundo, insatisfeito, aprende a amar
gostar e desgostar

E nesse intervalo... 
Entre as cascas do corpo arborescente

Aborrecido sente e ressente!

Cresce e renasce...
Amanhece no mar! 

Agora oceânico...

O corpo-anfíbio contrai as ventosas do tempo
Atravessado pelo desejo penetra nas ostras
E na sementeira da mente...
Inspira, o humúnculo, o pensar da pérola...

Que nutrida pelo ar do (des) amor,  expira do fundo:

A estética do adeus é uma concha deitada no mar... ah, esses vazios salgados da paixão! 

Ao abrir os olhos a larva espreguiça e lacrimeja
Desnuda, desidratada, desdentada
Da boca explodem estrelas!

E o que mais?

Uma concha de leite
Uma colher de areia
Uma porção de pedra
Um copo de espasmo
Um espinho de cacto...
Eclode, no teu inesperado!

Uma onda que vem e te colhe os passos
Um caminho de céu para as asas do teu verbo...

O corpo-atemporal segura as coordenadas na ponta dos dedos
Estica o fio do desafio entre os dentes da noite...

É o onirismo acordando o desejo, gestando a ideia
Onde o significado do signo é roubado.

Caracteres de um caminho descoberto...
Em curioso campo minado!


Viewing all articles
Browse latest Browse all 28