Num artigo intitulado O Estilo de Aprendizagem Individual, escrito por Gilberto Teixeira, Prof. Doutor da FEA/USP ele ressalta que: “Cada pessoa tem um estilo seu de aprender. Isto é um fato demonstrado em inúmeras pesquisas. Por isso é fundamental, para melhorar o desempenho no serviço, na escola e nas relações interpessoais, que saibamos qual o nosso estilo de aprender.
Quando a pessoa está consciente de como ela própria e os outros percebem e processam a informação, pode conseguir com que o aprendizado e a comunicação se tornem bem mais fáceis e eficazes trabalhando no seu melhor estilo. O professor também necessita saber que, para que a comunicação se torne efetiva, é preciso que haja confiança. Para que ele conquiste a confiança, precisa criar um ambiente no qual os estudantes possam se comunicar francamente com ele. O professor deve identificar os estilos de aprendizagem de seus alunos e adotar a ação apropriada para cada caso.”
Pois, sabe-se que algumas pessoas aprendem mais facilmente quando há forte iluminação ou há bastante claridade na sala de aula; outras já preferem um ambiente mais de penumbra. Outras pessoas aprendem melhor quando estudam em duplas; umas já acham que estudar e reter a informação tem de ser sozinho, confundindo, às vezes, aprender e entender, com decorar. Temos ainda aqueles que, não dispensam uma música de fundo, e há os que só conseguem se concentrar se não houver nenhum ruído, buscando o silêncio total. Podemos constatar que há também pessoas que só estudam num ambiente extremamente limpo, organizado, higiênico etc. enquanto outras se desenvolvem bem no meio de pilhas de livros e cadernos, com quase nenhum espaço para apoiar os braços e anotar algo.
De fato, o estilo de aprendizado de cada pessoa é uma combinação de como ela percebe, organiza, processa e modula a informação. As percepções exercem influência muito grande sobre as atitudes e o comportamento dos alunos mais do que os próprios fatos. As percepções não derivam muitas vezes dos fatos ou das palavras dos professores, mas do que realmente eles fazem.
O autor do artigo ressalta que “o bom professor é aquele que planeja, com bastante antecedência, não o que vai ocorrer numa dada semana, porém no mínimo no semestre todo ou até no letivo inteiro. Assim o professor estabelece datas para realizar as avaliações, tarefas para serem feitas fora da sala de aula, encontros para revisão etc. e com isso ele permite que o aluno também possa se programar adequadamente. Entretanto o que de fato representa um grande diferencial é quando o professor percebe, para um certo grupo de alunos, o melhor estilo para o aprendizado em grupo e explica, a cada um deles, como é que eles aprendem melhor individualmente”.
Entre os estilos de aprendizagem temos os três seguintes:
a) Visual
b) Auditiva
c) Cinestésica
Quem possui um estilo de aprendizagem visual:
ü Falam rápido.
ü Procuram ser limpas e organizadas.
ü Freqüentemente respondem às perguntas com um simples sim ou não.
ü Gostam de fazer rabiscos ou garatujas enquanto participam de uma reunião.
ü Observam os detalhes ambientais.
ü Buscam o bom planejamento à longo prazo.
ü Executam a leitura com rapidez.
ü Memorizam através de associações visuais.
ü Lembram o que viram melhor do que aquilo que ouviram.
ü Não se distraem facilmente com o barulho.
ü Têm problemas para lembrar instruções verbais.
ü Precisam de uma visão global e querem saber o intuito de todo e qualquer projeto.
ü Esquecem de deixar instruções verbais para os outros.
ü Gostam mais de artes plásticas do que de música.
ü Às vezes saem de sintonia quando o negócio é prestar atenção durante muito tempo.
ü Preferem fazer uma demonstração física a fazer um discurso.
ü Comumente sabem o que têm de dizer, porém não conseguem pronunciar as palavras corretas.
Quem possui um estilo de aprendizagem auditivo:
ü Falam consigo mesmas enquanto estão trabalhando
ü Gostam mais de piadas contadas do que de mímica e de trejeitos cômicos
ü Distraem-se facilmente com o barulho.
ü Têm problemas com projetos que envolvam visualização como, por exemplo, cortar algo em pedaços para fazer alguma montagem.
ü Mexem os lábios e pronunciam as palavras enquanto estão lendo.
ü Gostam de ler as coisas em voz alta e ouvir o que estão dizendo.
ü Adoram discutir e entram em longas descrições.
ü Aprendem melhor quando ouvem e lembram com mais eficiência o que foi discutido com mais precisão do que aquilo que foi mostrado.
ü Podem repetir e inclusive fazer imitação do timbre e da intensidade da voz de quem ouviram falar.
ü Acham o ato de escrever enfadonho, porém são muito bons no discurso.
ü Apreciam mais a música do que as artes plásticas.
ü Falam em padrões rítmicos.
ü Freqüentemente discursam com eloqüência.
ü Podem soletrar ou explicar detalhadamente melhor do que escrevendo as mesmas informações.
Quem possui um estilo de aprendizagem cinestésico:
ü Falam bem devagar.
ü Não conseguem lembrar de localidades e de outros pontos geográficos, a não ser que tenham estado lá recentemente.
ü Usam palavras de ação.
ü Respondem prontamente a apelos físicos.
ü Tocam nas pessoas para poder chamar a sua atenção.
ü Não conseguem ficar sentadas quietas durante longos períodos.
ü Fazem muitos gestos.
ü Sentam-se perto de alguém quando estão falando.
ü Usam o dedo como um indicador enquanto estão lendo.
ü Memorizam melhor quando estão andando e vendo.
ü Aprendem com mais eficiência e eficácia quando estão fazendo ou manipulando algo.
ü Possuem um desenvolvimento muscular precoce.
ü Soltam-se continuamente para a movimentação e para o esforço físico.
ü Gostam de estar envolvidos em jogos.
ü Podem ter uma caligrafia bem feia.
Fonte: http://spu.autoupdate.com
(Artigos de Gilberto Teixeira)